quarta-feira, 13 de maio de 2009

Amares sem defesa do património

Amares sendo um concelho com grande valor histórico e cultural, quer ao nível da paisagem natural, quer nas obras históricas e arquitectónicas, não tem tomado as medidas necessárias à preservação eficiente do passado de todos os amarenses e principalmente do futuro de todas nós.
O mosteiro de Rendufe, pertenceu à Ordem Benditina, fundado por D. Egas Pais de Penegate no séc. XI, constituí um exemplo concreto de como pouco ou nada se tem feito pela procura de soluções a dar para este mosteiro que muito poderia ajudar a que Amares singrar como um concelho que demonstra possuir capacidades de valorização do ser humano, na medida em que, o que somos hoje, devemos ao passado comum e no qual termos que responder no futuro.
Muito se tem divagado sobre este mosteiro de interesse concelhio, por várias vezes se falou que poderia ser um pólo universitário, isto durante anos e anos, outras vezes que poderia ser um espaço escolar, no entanto, continuamos assistir à sua degradação contínua, e ao desaparecimento de uma identidade amarense da qual não nos orgulhamos.
A Igreja do Mosteiro, única parte ainda utilizada, foi reconstruída entre 1716-1719. Da sua fachada simétrica, flanqueada por duas torres, destacam-se os frontões, a portada central encimada por três janelas de igual tamanho e os nichos com imagens. No interior pode-se contemplar a magnífica talha dourada de estilo barroco-rococó, quer no altar-mor, quer no coro e no órgão. O visitante pode admirar o que resta do claustro, destruído num incêndio no séc. XIX e as ruínas da parte conventual.
Neste sentido, é preciso alertar as consciências, alertar o poder local, chamar a atenção de todos nós, pois não podemos apenas observar, temos que agir, temos que alertar as consciências para decidir sobre o futuro dar a um marco histórico deste concelho.

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